Capítulo 285
Nazar
Fiquei ali sentado ao lado da cama, observando Neide enquanto ela dormia. O peito subia e descia devagar, mas sua respiração estava pesada.
Algo estava errado.
Inclinei-me e toquei sua testa com as costas da mão.
— Merda… — Ela estava quente demais.
Levantei-me imediatamente e fui até a cômoda, pegando um termômetro azul que vi. Coloquei sob sua axila e esperei, impaciente, enquanto os segundos pareciam se arrastar. Quando o aparelho apitou, olhei o visor.
39,2° graus.
Fechei a mão ao redor do termômetro e soltei um longo suspiro pelo nariz. Isso não era bom.
Sem perder tempo, fui até o banheiro, peguei uma bacia, enchi com água fria e levei junto com um pano até a cama. Molhei o tecido e torci, depois coloquei suavemente sobre sua testa.
Neide se mexeu, desconfortável.
— Tá frio… — murmurou, com a voz rouca.
— É pra baixar sua febre, mulher teimosa.
Ela abriu os olhos apenas o suficiente para me lançar um olhar irritado, mas não teve forças para protes