Agatha
Entro em casa, fecho a porta atrás de mim e me encosto nela, fechando os olhos e absorvendo todas as palavras que Michel acabou de me falar. Casamento. Parece loucura uma coisa dessas, mas o que está em jogo é a guarda do meu filho. Só a ideia de Guilherme tirá-lo de mim já me apavora.
Deus, me dá um sinal. Pedi ainda de olhos fechados.
— Algum problema, filha? — questionou meu pai.
— Só uma leve dor de cabeça, pai. — Fui até ele e abracei, beijando sua bochecha.
— Se estiver algo acontecendo, você nos contaria, não é?
Suspirei.
— O senhor me conhece bem, não é?
— Sou seu pai, meu amor. — Ele beija minha testa. — E você sempre foi transparente, nunca conseguiu nos esconder nada.
— Preciso falar com o senhor e a mamãe. — Peguei sua mão e me sentei com ele no sofá. Minha mãe estava nos observando da cozinha e logo se juntou a nós.
— Guilherme entrou com uma ação judicial requerendo a guarda do Danilo.
— O quê? Ele não pode fazer isso. — Se exaltou minha mãe.
— Ele pode, mãe, ele p