Sarah.
Assim que fiquei sozinha com Henrique, me virei e o olhei.
— Fui abusada por um amigo dos meus irmãos quando eu tinha 18 anos.
— O quê? Me diz que isso é mentira. Isso é mentira, não é? — suplicou, gesticulando com as mãos, sem saber como agir depois do que revelara.
Sem poder conter, as lágrimas não paravam de cair, neguei com a cabeça.
— Infelizmente, é verdade, Henrique. Anderson me violentou, se aproveitou que eu estava bêbada e abusou de mim.
Henrique pegou um copo que estava sobre a mesa e o quebrou na parede.
Ainda bem que estávamos sozinhos, ou teríamos gritos ecoando pela cozinha devido ao susto do copo se espatifando na parede.
Sem conseguir mais controlar meu corpo devido à angústia que me tomava, sentei-me e comecei a chorar mais fortemente.
Henrique logo me alcançou, me abraçou apertado e me consolou.
— Me perdoe. Perdoe-me.
Levantei o rosto e fitei seus olhos negros.
— Pelo quê?
— Por tudo o que aconteceu. Por tudo o que esse miserável lhe fez.
— Você não tinha