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Uma chance para o amor.
Uma chance para o amor.
Por: Kelly Ramos
Cap 1 : Primeiro Encontro

Rio de Janeiro…

Acordo com o barulho ensurdecedor do meu celular. Sinto uma dor de cabeça terrível, essa enxaqueca que me persegue. Ainda deitada, tento alcançar o celular que está no criado-mudo ao lado da minha cama. Com dificuldade, consigo pegá-lo. Meus olhos estão pesados, e com esforço olho para o visor: é minha melhor amiga, Luiza. Deslizo a tela para atender.

— Espero que seja algo muito bom o que você tem para me falar. Sabe que hoje é domingo, e eu amo esse dia — digo, sonolenta.

Domingo é o único dia em que posso dormir até mais tarde.

— Bom dia para você também, Aurora! — diz do outro lado da linha, toda brincalhona.

— Já que me despertou do meu sono de beleza, diga logo o que quer — peço, impaciente.

— Estou te ligando para te fazer um convite e não aceito um "não" como resposta — e, quando ela fala assim, já sei que vai insistir até me convencer.

— Tá, então faça o convite.

— Vamos para a praia? — pergunta, toda animada.

— Não estou com ânimo e ainda estou com uma terrível dor de cabeça.

— O dia está lindo, o sol está radiante, e tenho certeza de que você vai se sentir melhor. Vai, por favor, vamos! — insiste ela.

— Se eu disser "não", você não vai desistir, então só me resta aceitar seu convite — falo, e ela comemora.

— Ebaa! Passo aí para te pegar. Daqui a mais ou menos uma hora estou aí — diz, toda feliz.

Me despeço dela, jogo o celular na cama e vou direto para o banheiro fazer minha higiene matinal. Tomo um remédio para enxaqueca e, depois tomo banho, lavo os cabelos. Vou ao meu guarda-roupa escolher uma roupa leve e um biquíni. Após alguns minutos em dúvida, decido-me por um biquíni rosa, que fica perfeito na minha pele morena, um short jeans e um cropped branco. Penteio os cabelos e decido deixá-los secar naturalmente. Pego protetor solar, óculos escuros e uma toalha, guardando tudo na minha bolsa de praia.

Algum tempo depois, recebo uma mensagem da Luiza avisando que já está chegando. Respondo que já estou indo.

Quando saio do prédio, ela me recebe com um abraço aconchegante e um grande sorriso no rosto. Conheci Luiza assim que me mudei para o Rio de Janeiro, há quatro anos, em uma festa. Desde então, nos tornamos grandes amigas. Ela esteve comigo nos melhores e piores momentos. Sempre muito atenciosa e de um coração bondoso, sua família é muito rica, mas nem parece de tão humilde que são.

— Bom dia! Só você para me fazer levantar da cama cedo em pleno domingo — resmungo. Ela faz uma careta, me arrancando um riso. Dou um beijo em sua bochecha.

— Sempre consigo o que quero — ela diz, convencida.

Caminhamos de mãos dadas em direção ao carro dela.

— Nossa, como você está linda! Nem parece que acordou há uma hora — ela me elogia, antes de entrarmos no carro.

— Obrigada, amiga. Você está sempre levantando minha autoestima. E você também está linda, como sempre — respondo. Realmente, ela está deslumbrante em um vestido de alcinha, com fundo branco e cheio de flores vermelhas. Luiza é uma mulher linda, tem um metro e setenta de altura, corpo violão, pele clara, cabelos castanhos claros e olhos verdes. Onde passa, chama bastante atenção.

Seguimos para a praia de Copacabana cantando alto, feito duas malucas, nossa música favorita. Logo chegamos.

No quiosque, uma moça simpática nos atende.

— Bom dia! Aqui está o cardápio, fiquem à vontade. Precisando de algo, é só chamar.

— Bom dia, obrigada — responde Luiza.

— Bom dia — cumprimento também.

Escolho um sanduíche natural e um suco de laranja. Luiza pede o mesmo. A atendente logo traz nossos pedidos. Aproveitamos a vista deslumbrante do mar, a brisa gostosa e uma paz inexplicável.

Depois de comer, seguimos para o mar. Mas, ao perceber que esqueci meu celular no balcão do quiosque, volto correndo para buscá-lo. O vento sopra meus cabelos, tampando minha visão, e acabo esbarrando em alguém. Quase caio, mas sinto mãos fortes me segurando.

— Para onde vai com tanta pressa, linda moça? — pergunta um homem de voz máscula, que me faz arrepiar. Pela primeira vez, depois de oito anos, não sinto a necessidade de fugir.

— Obrigada por me segurar e desculpe pela distração, estava indo pegar meu...

Antes que termino ele mostra meu celular.

— Eu que agradeço. Não é todo dia que tenho a sorte de segurar uma mulher tão linda — diz, entregando meu celular — Minha amiga é a dona do quiosque, ela me pediu para te entregar.

— Mais uma vez obrigada, agora preciso ir — dei um sorriso tímido e me virei.

— Me chamo Eduardo. Foi um prazer te conhecer, morena — ele diz, enquanto me afasto.

— E o nome dela é Aurora e está solteira! — grita Luiza, fazendo-me querer estrangulá-la.

— Vou matar você — falo, fingindo estrangulá-la.

— Mas primeiro, me conta tudo — pede, curiosa.

Conto para ela que esbarrei nele e que, por coincidência, ele é amigo da dona do quiosque, que pediu que viesse me entregar meu celular.

— Sabe, em quatro anos, é a primeira vez que vejo seus olhos brilharem. Não entendo por que uma mulher tão linda como você está solteira, com tantos homens querendo namorar você — comenta enquanto passa bronzeador nas pernas.

— Desde o que aconteceu com o Guilherme, prometi a mim mesma que nenhum homem me machucaria novamente… — Faço uma pausa, lembrando da dor que afligiu meu coração. — Então, vivo fugindo dos homens e confesso que, pela primeira vez desde tudo o que aconteceu, me sinto atraída por alguém — falo.

Ela me olha com carinho e me abraça. Antes que diga alguma coisa, tampo sua boca.

— E me sentir atraída não quer dizer que quero me relacionar com alguém, viu, dona Luiza? Então pare de pensar besteiras.

Ela ri.

Passamos toda a manhã na praia, almoçamos em um restaurante e, depois, decidimos ir embora. Luiza me deixa no meu apartamento por volta das duas da tarde. Me despeço dela com um abraço, saio do carro e subo, ansiosa para tomar um banho e dormir o resto da tarde.

Entro em casa, pensativa. Lembrando de tudo o que aconteceu na praia, fico me perguntando: por que não fugi? Talvez porque a situação não me permitiu. Era algo inesperado… Sim, eu realmente não esperava por isso.

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