Salvatore narrando
— Chega Laura – eu falo firme assim que entramos dentro de casa.
— Papai – ela fala – eu gosto dela papai.
— Ela foi demitida e ponto – eu olho para ela – agora pode parar de choro.
— O que está acontecendo? – Jamily fala aparecendo.
— Mamãe – ela fala correndo e abraça Jamily – papai mandou embora minha professora Giovana.
— Por que você fez isso? – ela pergunta
— Porque ela é uma mal educada e não deve dar aula para minha filha – Jamily começa a rir
— Agora você se preocupa com a sua filha? – ela pergunta – a única vez que você vai buscar ela na escola, você faz isso?
— Não era para buscar, então – eu falo – aqui eu estou Jamily, busquei, sai do meio do meu serviço, abandonei tudo, busquei ela e trouxe para casa.
— Era melhor você nunca ter me buscado – Laura fala chorando – eu odeio você – ela diz e sai correndo pelas escadas.
— Essa garota merece uma boa lição – Jamily se coloca na minha frente.
— Você não encosta em minha filha.
— Laura também é minha filha – eu olho para ela – e ela está mal educada dessa forma porque você a ensina dessa forma.
— Não, ela não é mal educada, é você que nunca dar atenção para ela e quando você fica perto dela, você só a magoa – ela me olha – ela pode ter 5 anos mas ela entende tudo que acontece e principalmente que você não se importa com ela e se você for encostar um dedo nela, terá que passar por cima de mim.
— Eu estou cansado de vocês duas – ela me olha
— Eu entendo que você tenha raiva de mim, mas não deveria ter de Laura – ela fala
— Eu te dei tudo, tudo no começo do nosso casamento, e você fez a maior cagada, eu tinha prometido que tentaria ter uma relação com você.
— Eu errei com você e você está errando com a Laura – ela me olha – ela não tem culpa de nada – ela se vira e sobe as escadas. – O dia que você precisar da sua filha, que você se ver sozinho, você vai ver que está errando com a única poderia errar.
Eu vou para o escritório e acendo um charuto pego uma bebida do bar e começo a tomar.
Meu celular toca e era Carlos.
— Fala.
— Peguei quem deixou Jovi entrar na empresa.
— Quem é?
— Um faxineiro – ele fala
— Leva para o porão.
— É um faxineiro.
— Um traidor – eu falo – leva para o porão que eu estou indo.
Eu saio de casa escutando o choro de Laura lá em cima, confesso que paro na porta e penso em voltar para tentar acalmar ela, mas reluto contra esse sentimento e vou em direção ao carro.
Quando chego na sede, eu desço direto para o porão.
— Ele me ofereceu dinheiro para entrar pelas portas dos fundos, senhor Salvatore eu não fiz por mal, eu nunca vi tanto dinheiro na minha vida – ele fala – por favor me deixe ir embora.
— Você traiu a empresa onde trabalha.
— Eu não sei quem ele é, ele falou que queria fazer uma surpresa, me deu uma mala de dinheiro – ele fala e eu tiro a arma da cintura – por favor, eu tenho netos que depende de mim, sou eu que sustento a minha família.
— É aquele dinheiro que você achou que iria arrumar a vida da sua família? – eu pergunto
— É sim – ele responde
— Deixa a maleta na porta da casa da mulher dele – eu respondo
— E eu? – ele pergunta
— Você vai conhecer Jesus antes do tempo – eu falo apontando a arma para ele e atirando na cabeça dele.
O sangue escorre para tudo que era lado.
— O que eu faço com o corpo? – Carlos pergunta
— Queima – eu respondo – queima no forno.
— Ok.
Eu saio do porão e subo para sede , entro no escritório, e pego um charuto acendo e vou até a janela sentindo o cheiro da fumaça e observando ela sair da chaminé.
— O senhor me chamou – Carlos fala
— Eles fedem ainda mais quando são queimados esses traidores. – eu me viro para ele – eu chamei sim, eu quero a segurança redobrada na empresa e na minha casa também, a partir de agora quero um segurança com Laura também, além de você.
— Sim, senhor. Você acha que Jovi vai tentar algo?
— Duvido, mas vamos nos prevenir – eu respondo
— O senhor vai dormir aqui?
— Não – eu falo vendo o dia amanhecendo – vou passar na empresa assinar uns papeis e ai vou para casa.
— Ok – ele fala
Eu saio da sede e entro dentro do carro, vou até a empresa e deixo o carro no estacionamento, era umas 8h da manhã.
— Senhor, essa moça está aqui para falar com você – a secretaria fala e eu me viro vendo quem era – foi seu primo Kevin que a trouxe.
— Você? – eu pergunto balançando a cabeça – ótimo, mais problemas.