Giovana, uma bailarina renomada e de alma pura que levava a dança como uma escolha de vida. Professora de dança em uma escola de renome no México, ela tem como aluna Laura, de 5 anos, que enfrentava algo assustador e completamente difícil para a sua idade, sua mãe estava com câncer terminal e seu pai era um mafioso. Salvatore Cortez, um mafioso de alma sangrenta e que parecia não ter amor por nada, ele levava a máfia como seu único objetivo de vida. Até o destino resolver lhe dar um golpe, ele precisa cumprir pela primeira vez o papel de pai e buscar a sua filha na escola de balé, fundada pela sua avó. Seu caminho se cruza com o de Giovana, causando assim um dos maiores conflitos de sua vida nada tranquila.
Leer másGiovana narrando
— Levantem os pés lentamente – eu falo – na ponta do pé Ana – eu falo observando uma das alunas.
— Dói muito professora – Ana resmunga.
— Respira fundo , abaixa as pernas – eu me aproximo dela – eu vou te ajudar a subir lentamente, ok?
— Ok – ela fala suspirando.
— Isso, bem devagar – eu sorrio para ela – muito bem, viu como é fácil?
— Não é não – ela fala e eu sorrio
— Pratica , vocês estão precisando praticar um pouco mais em casa – eu olho para elas – não é apenas na aula, bailarina tem que ter disciplina, em alguns meses é a nossa apresentação.
— Quando vai ser? – Laura uma menina dos cabelos cacheados pergunta.
— Em 5 meses, ainda falta um tempo e vai dar para praticar bastante – eu falo e elas comemoram.
— E o nosso figurino? – Sandrinha pergunta
— Calma gente – eu sorrio – vamos treinar bastante e depois pensamos no figurino, mais um pouco treinando na barra – elas soltam um aaa desanimado – e depois dança livres e elas comemoram.
— Essas meninas – Beatriz fala rindo
— Vamos lá – eu falo – preparando – elas colocam as mãos sobre as cinturas – posição um – elas levantam as mãos na altura do umbigo – posição b – elas levantam uma das mãos – preparatória para girar – e elas começam os passos.
Eu olho para fora enquanto as minhas alunas estão fazendo o passo a passo, estamos quase finalizando mais um dia de aula da turma da faixa etária de 4,5 anos.
É quando eu observo pela janela da sala um homem de terno preto, óculos escuros , muito bem vestido e parecia um pouco com pressa, eu acho estranho porque eu nunca tinha visto esse homem aqui.
— Você já viu ele por aqui? – Pergunto para Beatriz que era a minha ajudante a poucas semanas aqui na escola de dança.
— Não, eu nunca vi ele por aqui – ela responde.
— Estranho – eu falo observando aquele homem agoniado no lado de fora.
Eu continuo dando o passo a passo para as alunas e vejo que ainda faltava uns vinte minutos e não tinha nenhum pai lá fora.
— Beatriz finaliza aqui, por favor – eu falo
— Onde você vai? – ela questiona
— Ver o que aquele homem quer tanto olhando para as meninas e ver quem ele é – eu falo.
Eu vou até a porta, eu abro ela e fecho.
— Bom dia, posso ajudar o senhor? – ele que está mexendo em seu celular levanta o olhar para mim – os pais e responsáveis devem esperar lá embaixo.
— Eu preciso pegar uma aluna – ele fala – estou com pouco de pressa.
— Estamos ainda finalizando a aula – eu olho para ele.
— Eu preciso levar ela agora.
— Eu nunca vi você por aqui, quem é aluna?
— Laura – ele fala
— Você é o que dela?
— Pai – ele responde
— Eu vou verificar no livro de responsáveis pela aluna , como é seu nome?
— Meu nome? – ele questiona me encarando – por favor, chame a minha filha, não precisa verificar nada.
— Desculpa senhor, mas se você não falar seu nome, não tenho como te entregar a criança.
— Eu não tenho tempo a perder, traga ela. – ele fala com seu tom de voz ríspido.
— Por favor, me diga seu nome.
— Eu já disse para chamar Laura – ele fala e eu encaro.
— Desculpa, sem saber quem é o senhor, eu não posso fazer isso.
— O que está acontecendo aqui? – A diretora da escola pergunta – Giovana?
— Esse senhor quer levar uma aluna sem se identificar e eu não posso entregar aluna nenhuma dessa forma.
— Esse é Salvatore Cortez o dono da escola – ela fala e eu encaro ele.
— Será que agora você pode chamar a minha filha? – ele pergunta me encarando
— É claro, me perdoe mas pela segurança das crianças não poderia entregar nenhuma criança sem ter a mínima identificação.
— Você como professora dessa escola deveria saber quem era o dono – ele fala – você não acha? Trabalhar em uma instituição como essa deveria saber o mínimo pesquisar.
— Eu sou paga para dar aula somente – eu olho para ele – não para ter uma ficha completa de quem são os donos.
— Papai – Laura fala correndo até ele depois da diretora ter chamado.
— Por favor Dona Safira, a demita – ele fala e eu arregalo os olhos.
— Como? – eu pergunto
— Salvatore, ela é a nossa melhor professora – Safira fala.
— Se ela não sabe sobre a instituição que ela trabalha, não quer pesquisar sobre, é porque não tem tanto interesse de trabalhar aqui, da próxima vez não quero ver ela aqui dando aula para minha filha – ele sai andando.
— Como assim demitida? – eu pergunto para Dona Safira – não, espera – eu falo tentando ir atrás dele e ela me segura.
— Arruma suas coisas – ela fala – você o escutou, está demitida. – eu olho para ela sem entender toda aquela situação.
Giovana narrandoA vida era como uma melodia de uma música, como a leveza dos passos de uma bailarina dançando levemente em um palco formado para si mesmo.Salva está no carrinho dormindo e Laura acompanhava os meus passos de dança, a gente sorria e brincava ao mesmo tempo e eu ensinava ela a dançar comigo, ela fazia os passos bem certinho.— Um dia serei eu né mamãe? – ela pergunta— Um dia você irá brilhar que nem as suas duas mamães.— Uma no céu e a outra no palco – Laura fala— Isso mesmo – eu sorrioEu pego em suas mãos e a gente começa a fazer os passos de mão dadas, quando eu pulava e rodava, ela batia os pés igualzinho que nem eu batia, girava e parava na mesma posição. Enquanto a gente dançava, a musica parecia ser a melodia perfeita para Salva dormir, ele sempre se acalmou com as musicas da dança e também quando eu dançava com ele.— Isso mesmo – eu falo batendo palma para ela— Obrigada , obrigada – Laura fala se abaixando e agradecendo – é assim que eu vou fazer quando eu
3 meses depois...Giovana narrando— Vamos gravar isso, ok? – o homem com a câmera na mão fala e eu assinto com a cabeça.Em três meses a minha vida deu uma virada tão grande, eu tinha sido reconhecida pela Broadway como a melhor dançarina que interpretou o Cisnei negro depois de anos representando essa peça, agora meu rosto e minha dança estava estampado por Nova York e várias outras cidades dos Estados Unidos, assim como o vídeo dos meus passos de dança, em revistas, televisão, rede social e no mundo todo.Eu tinha sido convidada para um jantar importante entre os nomes famosos do País, eu estava tão nervosa.— Você está linda – Pietra fala – você tem certeza que devemos ir todos?— É claro que sim – eu respondo – quero os meus filhos comigo e você também.— Então, vamos? – Pietra fala sorrindo— Vamos.— Você parece nervosa.— Acho que estou.Quando saímos do carro e começamos a passar pelo tapete vermelho, vários fotógrafos começam a tirar foto de nós quatro, o pequeno Salva em m
Giovana narrando— Você consegue – Pietra fala – você consegue.Eu grito , grito e faço toda a força do mundo, eu sinto que ele começa a sair.— Mais um pouco Giovana – o médico fala – estou vendo a cabecinha.— Está doendo muito, eu não vou conseguir. – eu falo fechando os olhos e deixo as lagrimas descer – eu não vou conseguir.— Mais um pouco – o medico fala – por favor, mais um pouco, respira fundo e solta a respiração, você consegue, chegou até aqui.— Eu não consigo – eu falo nervosa muito nervosa com toda essa situação, a dor era horrível, era muito forte e imensa, e as lagrimas começam invadir o meu rosto sem parar.— Você consegue – eu abro os olhos rapidamente quando sinto a voz de Salvatore – você consegue.— Força mamãe – Laura fala e eu olho para ela – força mamãe, meu maninho tá nascendo – ela fala assentindo com a cabeça.Eu faço toda a força do mundo.Kevin narrando— Estamos perdendo ele – Vinicius fala — Não – eu falo sozinho – não Salvatore.— Estamos perdendo , an
Kevin narrandoSão 4 meses que ele está em coma e 4 meses estou preservando seu estado, para todos ele está viajando e arquitetando uma nova sede, mas para quem sabe, ele está aqui em coma.— Ele está levemente alterado hoje – Vinicius fala— Isso é perigoso? – eu pergunto— Não sei, pode ser que ele queira acordar – ele fala — Toamre – eu respondoSalvatore começa a se agitar sem parar, os batimentos começa alterar e Doutor Vinicius e outros enfermeiros começam a fazer vários procedimentos, o corpo dele dava pulos na cama e o som de sua voz saia, chamando Giovana, parece que ele está sentindo algo.— Giovana está dando a Luz, Pietra acabou de me ligar.— E Salvatore está agitado dessa forma? – eu pergunto— Parece que ele está sentindo – Vinicius fala – vamos ter que sedar ele ainda mais para ele se acalmar.— Ele não tem chance de acordar?— Dessa forma não é bom que ele acorde – Vinicius fala.Eu respiro fundo.Era horrível ver meu primo nesse estado.Giovana narrandoEu grito a c
Giovana narrando 4 meses depois...Eu estou com 38 semanas, morando em Nova York junto de Laura e de Pietra, a morte de Salvatore nunca foi confirmada por ninguém, era um mistério para todos, até porque eu mantinha contato com Safira, no fundo do meu coração eu esperava por ele todos os dias, todos os dias a noite eu esperava por ele.Eu estou na escola de dança que eu fundei nesses quatro meses em Nova York com o dinheiro que ele tinha deixado separado, uma escola pequena e toda noite eu vinha dançar esperando me virar e encontrar ele , mas toda noite durante esses quatros meses eu o esperei e ele nunca veio.Mas a minha esperança nunca iria acabar, eu sei que um dia eu iria me virar e encontrar ele me olhando e por mais que ele não tivesse aqui fisicamente, era só eu fechar os olhos que eu me lembrava da primeira vez que ele me viu dançando na escola e abria um sorriso automaticamente.Flash black onn Eu quase perco o equilíbrio vendo ele ali, mas consigo me equilibrar, eu fico gi
Giovana narrandoEu não penso duas vezes e saio correndo com Laura em meu colo, eu encontro o carro e ao mesmo tempo a chave na roda, eu entro colocando a Laura na cadeirinha e ligo o carro e saio na disparada, seguindo a luz vermelha que tinha colocado no painel, logo o sistema de gps do carro liga.— Giovana você vai está em segurança, siga a rota – A voz do Salvatore soa.E eu só consigo chorar o caminho todo, eu sentia dor embaixo da minha barriga, a Laura estava nervosa e as lagrimas descia sobre o meu rosto sem parar.Ele tinha morrido, Salvatore morreu e eu perdi ele para sempre, as minhas mãos tremiam.— Mamãe? – Laura pergunta e eu paro o carro no meio do nada.— O que você disse? – eu me viro— Eu posso te chamar de mamãe? – ela pergunta chorando – eu perdi meu pai, minha mãe e eu só tenho você, se você é mãe do meu irmãozinho, eu posso te chamar de mamãe?— Pode meu amor – eu falo chorando e pego em suas perninhas – você pode me chamar de mamãe.— Eu estou com medo mamãe.—
Último capítulo