Capítulo bônusVivianSubi as escadas da casa dos pais de Marcelo e segui direto para o banheiro. Ainda podia ouvir as risadas vindas da área externa da casa, o que me fazia rir. Estava feliz por minha amiga ter encontrado o amor, e um que era recíproco.Marcelo a ama, isso se podia ver em seus olhos, eles brilhavam ao fitar minha amiga. Thalia havia sofrido muito nos últimos anos : perdera a mãe, o pai caiu no alcoolismo e, por vezes, ficou sem trabalho, pois precisava sair às pressas para salvar o pai.Sabia que ela não era completamente feliz. Mesmo que fosse alguém alto-astral, risonha ou faladeira, Thalia tinha um vazio dentro dela que só começou a ser preenchido após a chegada de Marcelo. Eu tentava ajudar como podia, mas sabia que não era suficiente.Foi pensando que a estava ajudando que insisti que baixasse um aplicativo de namoro e aceitasse se encontrar com alguém. Mas isso resultou em traumas. Minha amiga foi enganada por um homem casado e acabou grávida.Culpei-me por iss
Vivian— Enio era um salafrário. — Nelicia seguiu falando e minha mente se concentrou nela. Fez sua mãe ficar contra mim ao alegar que eu o queria e nossa amizade acabou. Mas segui por perto e estive presente no julgamento dele. Vi-a se apaixonar por Augusto, o seu pai, e ser feliz com ele. Eles fazem um belo casal.— Fazem sim. — Sorri.Eu amava meus pais.— Eles são loucos um pelo outro. Meu pai a idolatra. Conheci Arthur através dele. São pai e filho. — Revelei.Sempre que falava isso, muitas pessoas pensavam que Arthur e eu éramos irmãos. Não sou filha de sangue de Augusto. Mas ele é meu único pai. Minha mãe transou com um cara qualquer numa boate e engravidou. Acredito que para se vingar do Enio. Augusto sempre gostou dela e, quando soube da gravidez, não recuou. Ele me assumiu como filha dele, enquanto eu ainda estava na barriga da minha mãe. Ele pode não ter me concebido, mas era o meu pai. Nossa história se assemelhava à de Thalia e Marcelo, a diferença era que minha mãe não
Marcelo.Dias depois...Meu coração batia forte contra o peito e a ansiedade me consumia. Estava prestes a receber Thalia para o jantar de noivado surpresa que eu tinha preparado para ela. Estavam presentes meus pais, meus tios com minha prima, meu irmão e minha cunhada com o pequeno Ravi, minha irmã Natali, Vivian e seu marido, Arthur.O apartamento estava impecavelmente arrumado, com a mesa da sala de jantar elegantemente posta, destacando os pratos favoritos de Thalia. Meus pais estavam sentados no sofá, trocando sorrisos cúmplices enquanto brincavam com o neto. Meu irmão e minha cunhada, sempre carinhosos, ajudavam minha tia com os últimos detalhes na cozinha.Natali estava alegre, saltitando pela casa, preenchendo o ar com suas risadas ao brincar com o sobrinho. Vivian e Arthur estavam perto da janela, conversando com minha prima enquanto admiravam a vista noturna da cidade.— Relaxa, filho — disse meu tio, carinhosamente, apertando meu ombro. — Tudo vai dar certo. Thalia vai ama
Thalia.Assim que me vi sozinha com meu noivo, me entreguei à intensidade louca que nos consumia. Marcelo havia me pedido em noivado. Preparou tudo com seus pais e irmão e me fez o pedido em seu apartamento. Algo simples, entre família e amigos, mas lindo e cheio de emoção. Mais um dia que ficaria na minha memória para sempre.Ao chegar no quarto, tomei as rédeas da situação e me pus no controle do momento. Hoje eu iria comandar a nossa noite e ela seria deliciosa. Pedi a Marcelo que se ajoelhasse e, com uma lentidão torturante, me despi do vestido que usava, enquanto conferia o desejo brilhar nos olhos de Marcelo e o via perder a sanidade ao estar nua na sua frente. Fixei meus olhos nos seus e sorri, provocativa, abrindo as pernas e me oferecendo ao meu homem.— Me chupa. — Minha ordem é acatada imediatamente.Marcelo agarrou minha cintura, beijando meu ventre primeiro. Ele sorriu, cafajeste, e colocou minha perna em seu ombro, percorrendo minha pele com seus lábios até a parte inter
ThaliaMarcelo desliza uma mão para a minha bunda e aperta. A outra vai à minha nuca, puxa minha cabeça, deixando meu pescoço livre para sua boca percorrer. Vai subindo e para ao chegar em meu ouvido, um ponto fraco que eu não sabia que havia até ele descobrir. Qualquer coisa que ele sussurra para mim desse jeito é excitante.— Quero sentir você gozando comigo dentro dessa bocetinha gostosa.Subo na cama e Marcelo me segura de quatro; seu dedo acaricia minha bunda. Ouço seu riso baixo enquanto rebolo, ansiosa por tê-lo dentro de mim, em sua cara. Ele se curva e dá um beijo nela, depois dá uma mordida de leve.— Safada! — diz rindo e dá um tapa na minha bunda. — Que delícia. — Gemo, o provocando.O sorriso não deixou nossos lábios, e nossos olhos são puro fogo. A chama do desejo nos rodeia, nos queimando, nos consumindo em um tesão avassalador que nos consome.Deito-me para não acabar tendo um orgasmo só com ele fazendo isso. Em cima de mim na cama, apoia-se nos punhos cerrados e olha
Thalia.Uma semana depois...Sentada à beira da cama, deixo meu olhar vagar pelo quarto, perdida em um emaranhado de pensamentos que teimam em assombrar minha mente. Os últimos dias foram como uma montanha-russa emocional, um turbilhão de eventos que viraram minha vida de cabeça para baixo, mas, no fim, tudo acabou bem.Recordo-me do acidente de Marcelo como se tivesse sido ontem. O som ensurdecedor da colisão ecoa em meus ouvidos, enquanto a imagem dele, caído no chão, invade minha mente de forma avassaladora. A sensação de impotência e desespero ainda está fresca em minha memória, como se fosse uma ferida aberta que se recusa a cicatrizar.O desespero vivenciado naquele momento é algo que jamais quero tornar a sentir. Mas o choque não parou por aí. Descobrir que Marcelo era o verdadeiro dono do hotel foi um golpe em meu peito, confesso, uma revelação que sacudiu as estruturas da minha confiança. Tudo o que eu pensava saber sobre ele desmoronou em um instante, deixando-me desorienta
Thalia Meu coração batia descompassado enquanto me aproximava da entrada da clínica de reabilitação. Cada passo parecia mais pesado que o anterior, carregando o peso de meses de ausência e temor. Eu não sabia o que esperar, não sabia como meu pai reagiria ao me ver depois de tanto tempo, só rezava para que tudo ficasse bem entre nós.Adentrei o prédio com passos hesitantes; os corredores pareciam se estender infinitamente diante de mim, suas paredes brancas e estéreis aumentavam minha ansiedade. As luzes fluorescentes lançavam um brilho frio e impessoal, criando sombras alongadas que dançavam no chão à medida que eu caminhava. O silêncio era interrompido apenas pelo som distante de passos e murmúrios ocasionais.Finalmente, cheguei à porta do quarto onde meu pai estava alojado. Uma mistura de emoções se agitava dentro de mim: uma fervilhante combinação de medo, esperança e amor. Com um suspiro tremido, ergui o braço e girei a maçaneta, abrindo a porta e adentrando o quarto da clínica
Thalia — Quero que o senhor o conheça. — Falei, ainda tomada por emoção. Meu pai me olhou, o sorriso ainda em seus lábios. — Também quero o conhecer. Chame-o, sei que veio com você, não foi? Assenti, sorrindo. — Vou chamá-lo. Levantei-me e segui para fora do quarto, encontrando Marcelo no corredor com seu pai ao seu lado. O senhor Mario quis vir, queria ver o amigo, ansiava por isso. Não neguei; eles estavam há anos sem se ver e precisavam disso. Ao entrar de volta ao quarto, eu segurava a mão de Marcelo enquanto caminhávamos para junto do homem que me deu a vida. Seu pai viria depois. Quando cheguei diante do meu pai, fiz as apresentações. — Senhor Efraim, é muito bom conhecê-lo. — Marcelo estendeu a mão e meu pai a pegou. — O prazer é meu. Vejo que é sortudo, a minha filha é uma menina de ouro. Marcelo sorriu largo e me olhou. — Concordo. Não podia ter recebido presente melhor. Senti-me encabulada com os elogios e os dois riram. Nós sentamos e começamos a conversar. Algu