Capítulo 24
— Você está bem, Molly? — perguntou o motorista, franzindo a testa ao perceber o jeito inquieto dela.
— Depende… — respondeu ela, cruzando os braços e mordendo o canto da boca.
— Depende do quê?
— De você.
Ele piscou, surpreso.
— De mim?
— Isso mesmo. — Molly sorriu de forma misteriosa. — Preciso te mostrar uma coisa.
Antes que ele pudesse perguntar, ela pegou a mão dele e o puxou para dentro pelo corredor. O motorista a seguiu meio sem jeito, imaginando que ela precisasse de ajuda para empurrar algum móvel pesado para a limpeza ou até trocar a resistência queimada de algum chuveiro.
Mas assim que entraram no quarto dela, Molly fechou a porta, encostou-se nela. O olhar que lançou não deixava dúvidas sobre suas intenções.
— Não é bem o que você pensou… — disse ela, dando um passo à frente, ousada. — O que eu preciso é de você.
O motorista ficou imóvel por um instante, surpreso com aquela atitude inesperada da mulher que sempre lhe parecia reservada e séria.
— Molly… — murmu