Jhulietta Duarte
O dia estava quente, o sol brilhava forte no céu sem nuvens, e a brisa suave trazia um alívio bem-vindo enquanto eu me aconchegava na espreguiçadeira, observando Ethan brincar na piscina. Nicolas tinha saído por alguns minutos para buscar uma água de coco para mim, e eu aproveitei o momento para fechar os olhos e tentar relaxar.
Mas assim que fiz isso, as lembranças vieram.
A água azul da piscina desapareceu, dando lugar a um apartamento escuro e abafado. O barulho dos risos e conversas ao meu redor se transformou em gritos estridentes e portas batendo.
— Você é um inútil! — a voz da minha mãe ecoou na minha mente, carregada de frustração e raiva. — Não consegue nem sustentar sua própria família! Sua filha precisa das coisas e estou me virando, mas está difícil.
— Eu já disse para parar com isso, mulher! — meu pai rugiu de volta, e logo depois veio o som de algo quebrando. — Você tem mais que se virar mesmo, sua vagabunda.
— Continua me ofendendo que você te