Nicolas Santorini
O jantar no restaurante do tio Luiggi estava sendo exatamente como eu esperava: animado, delicioso e, claro, cheio de implicâncias entre Eduardo e eu. Era algo natural. Desde que nos conhecíamos, trocávamos farpas e provocações sempre que estávamos no mesmo ambiente, e aquela noite não seria exceção.
— Nicolas, você mastiga igual a um velho rabugento — Eduardo zombou, enquanto cortava um pedaço da lasanha que tinha pedido.
Levantei uma sobrancelha, fingindo indignação.
— E você come como se estivesse fugindo de uma guerra, Eduardo. Diminua a velocidade antes que engasgue e eu tenha que salvar sua vida.
— Se eu engasgar, Renata pode fazer a manobra de Heimlich — ele respondeu, dando um sorriso para ela.
Renata suspirou, revirando os olhos.
— Vocês dois parecem duas crianças brigando pelo último pedaço de bolo.
Eduardo riu, se recostando na cadeira.
— Quer que eu mostre a minha "criança interior" para você, Renata?
Antes que ela respondesse, Jhulietta