Nicolas Santorini
O som constante das ondas quebrando na costa preenchia o escritório improvisado onde eu passava os últimos dias. As negociações sobre a estrutura do novo resort avançavam lentamente, e cada detalhe exigia minha atenção. Com o notebook à minha frente, revisava contratos e plantas arquitetônicas enquanto o relógio marcava o final da manhã.
— Então, quando é que você vai parar de brincar de empresário e me acompanhar numa festa decente? — Eduardo surgiu do outro lado da sala com um sorriso provocador, se recostando em uma das cadeiras. Ele tamborilava os dedos na mesa, claramente à vontade.
Suspirei e tirei os óculos, esfregando os olhos cansados.
— Eduardo, você sabe que eu não vim aqui para festas. — Meu amigo é muito bom no que faz, porém é um festeiro de marca maior, e eu me meti em algumas confusões com meus pais por conta dele.
— Ah, sim, sempre tão responsável. — Ele se levantou, caminhando até a janela. — E aí, está vigiando muito a professorinha gostosa? — Me