《Matteo》 Acordo abraçado com Phani, sem acreditar em tudo que fizemos na noite anterior. Ela não sabe como senti falta disso. Desde que partiu, não fiquei com mais ninguém. Me fechei totalmente para qualquer tipo de relacionamento, sem dar chance a quem quer que tentasse se aproximar. É como se somente ela existisse para mim. Ela é a única mulher que amo, a única dona do meu corpo e do meu coração. É difícil explicar como me sinto quando estou perto dela, e espero de verdade que possamos recomeçar. Depois da noite maravilhosa de amor que tivemos, não pode ser diferente. Me movo com cuidado para não acordá-la. O lençol desliza pelo corpo dela, revelando parte de sua pele, e preciso desviar o olhar antes que a tentação me faça esquecer minha intenção de levantar. Com esforço, saio da cama e vou até o banheiro. A água fria do chuveiro ajuda a clarear minha mente, mas o sorriso bobo no meu rosto não desaparece. Após me vestir, deixo o quarto silenciosamente e sigo até a cozinha,
《Sthephania》 Acordei com a luz suave filtrando pelas cortinas. Por um instante, levei um tempo para entender onde estava, até sentir o cheiro dele ainda impregnado nos lençóis. Virei-me, esperando encontrar Matteo ali, ao meu lado, mas a cama estava vazia. Sentei-me devagar, com o coração apertando no peito. Talvez ele estivesse na cozinha… ou no banheiro. Levantei, andando descalça pelo apartamento, chamando seu nome em um sussurro quase esperançoso. Nada. Nenhum sinal. Nenhuma anotação. Nenhuma mensagem. Só o silêncio. Meu estômago se revirou, e uma parte de mim tentou racionalizar — talvez tivesse saído para resolver algo rápido… Mas a verdade é que eu nem sequer tinha o número dele. Nem uma forma de perguntar. Senti um nó se formar na garganta. E se a noite passada tivesse significado tudo pra mim… e nada pra ele? Voltei ao quarto, peguei minhas roupas e entrei no banho, tentando me recompor. Era patético me sentir assim, mas não conseguia evitar. Vesti-me no automático,
《 Matteo 》Respiro fundo, irritado, e começo a andar de um lado para o outro, sentindo a frustração ferver no peito. Com certeza ela pensou que eu fugi, já que não me encontrou em casa. Um palavrão escapa dos meus lábios. Claro que ela pensaria isso. Qualquer pessoa pensaria!Esfrego o rosto com as mãos, tentando organizar os pensamentos. Eu devia ter deixado um bilhete, qualquer coisa que não a fizesse pensar que eu só quis usá-la.Conhecendo Phani, ela não vai querer nem olhar na minha cara depois disso.Preciso arranjar um jeito de me explicar. Mas como? - me pergunto, sentindo o peso daquela pergunta pairar sobre meus ombros.Sem ao menos pensar, decido me arrumar. Tomo um banho rápido, visto um terno e me ajeito depressa. Sigo para o apartamento de Phani antes de ir para a empresa. Pego seu frappuccino e os donuts, colocando-os cuidadosamente no carro.Enquanto dirijo, tomo meu próprio café expresso e tento organizar as palavras que quero dizer
《Sthephania》 Assim que passo pela porta, fico surpresa ao ver rostos completamente conhecidos. Matteo ocupa a cadeira da presidência, e Felix está logo à sua direita. Vejo também Diego e Catarina à sua esquerda. Para minha infelicidade, ela também está presente e, diferente de mim, não consegue conter sua raiva iminente. Meus olhos vão diretamente a Matteo, que não consegue disfarçar o sorriso que surge em seu rosto. Por que ele está sorrindo? — me pergunto, desconcertada. Cumprimento todos os presentes, inclusive ele. Tomo o assento ao lado de Felix, já que Humberto puxa justamente a cadeira ao seu lado para que eu me sente. — É bom te ver novamente — sussurra Felix, com um sorriso leve e sincero. Logo Humberto dá início à reunião, mas fico inquieta com o olhar insistente de Matteo sobre mim. — Isso é tudo. Alguém tem algo a dizer? — questiona Humberto, encerrando a pauta principal. — Eu tenho — diz Catarina, com o tom ácido e provocador de sempre. — Não acho que essa garota
《Matteo》 Vejo seus olhos se arregalarem um pouco, como se não esperasse por isso. Por um breve segundo, a vejo morder o lábio inferior, e então a tensão em seus ombros parece diminuir. — Então você não... — Não depois da noite que tivemos. — digo com sinceridade, aproximando-me mais um passo. — Mas precisamos conversar sobre o que aconteceu... e sobre o que faremos a partir de agora. Toco seu rosto com delicadeza, como se quisesse memorizar aquele momento, e a conduzo até um dos sofás no canto da sala. — Vamos conversar? — pergunto, indicando o assento ao lado. Ela se senta, mas não antes de me lançar um olhar sério. — Dessa vez você está disposto a ouvir tudo que tenho a dizer? — Sim, eu prometo. — afirmo, sem hesitação. — Para que isso dê certo, temos que ser sinceros um com o outro. E precisamos resolver todo mal-entendido do passado. — sua voz é firme. — Eu sei. — respondo com um leve aceno. — Não acho que aqui seja o local adequado para conversarmos sobre isso. — diz e
《Catarina》Eu simplesmente não consigo acreditar. Aquela patricinha medíocre teve a audácia de se enfiar na minha empresa. E o pior… ela conseguiu seduzir Matteo de novo. Se eu não agir rápido, não vai demorar para que estejam juntos outra vez. Fiz de tudo — absolutamente tudo — para que Matteo enxergasse quem ela realmente é e voltasse a odiá-la. Mas nada funcionou. Ela o cegou. Completamente. E se eu não der um jeito nisso agora, não vou perder apenas a amizade dele. Vou perder Matteo. Para sempre. Principalmente quando ele descobrir que eu tive parte na separação dos dois.Eu sei que ela vai tentar nos afastar — disso eu não tenho dúvida — e não duvido que ainda arranje um jeito de fazer Matteo me demitir. Mas isso… eu não vou permitir. Eu lutei demais para conquistar a confiança dele. Para que ele finalmente me chamasse para trabalhar ao seu lado, na empresa que ele construiu com tanto esforço. Matteo confiou em mim a sua identidade como CEO da L&
《Selma》Desligo o telefone, sentindo uma irritação crescente tomar conta de mim.— O que ela falou para te deixar assim? — Valesca pergunta, visivelmente confusa, sem entender a dimensão da situação. Às vezes, acabo esquecendo o quanto ela é lenta.— Aquela pirralha insolente voltou! E tinha que ser justo agora, quando eu estava começando a me aproximar dos Oliveiras! — Grito sem a menor paciência, tentando segurar a raiva que começa a transbordar.— Quem? — Ela pergunta, perdida, parecendo não compreender. .Respiro fundo, forçando a calma.— Sthephania! — Minha voz sai mais forte do que eu gostaria.— O que faremos agora, mamãe? A senhora acha que, com a volta dela, eles vão querer continuar com o noivado?Eu fico em silêncio por um momento, tentando processar tudo o que está acontecendo.— Não sei, pelo que Catarina me contou, parece que ela reatou com aquele caipira. Talvez isso não seja tão ruim, na verdade… — digo ponderando, mas meu tom ainda é
《Cárter》■ Alguns dias antes.. 🗓— O julgamento parece pender a nosso favor. A sentença deve sair amanhã. Estou voltando para Nova York. Consegue dar conta de tudo? — perguntei, enquanto olhava pela janela do carro, os prédios desfilando sob o céu cinzento como testemunhas silenciosas da minha rotina.— Claro, senhor. Não se preocupe. Eu cuido de tudo — respondeu Jacob com a segurança de quem sabe o que faz.Jacob é mais que um funcionário. É meu pupilo, meu associado, o homem em quem depositei minha total confiança. Desde a fusão das empresas, mal tive tempo para respirar. As viagens tornaram-se constantes, a demanda cresceu exponencialmente, e com ela os desafios. Hernan era, por anos, meu maior rival — nosso embate nos tribunais e nos bastidores corporativos era quase lendário. Ainda assim, decidimos selar uma trégua. Fundimos nossos impérios há pouco mais de três anos, e com isso, uma nova era se iniciou.Mas Hernan impôs uma condição. Uma úni