CAPÍTULO 4

...Ricardo

Tudo bem que a Victória é minha namorada, mas não gosto de me sentir sufocado, então quando eu quiser, eu vou atrás dela... Não gosto de mulher no meu pé e se ela cismar em ficar me perseguindo igual uma louca, rapidinho me livro dela e coloco outra em seu lugar e eu tenho certeza que ela não vai querer isso.

- Cara, até hoje não entendo por que você namora essa garota... Ela não tem nada a ver com você e você visivelmente não gosta dela.- Pedro disse enquanto me seguia.

- Eu sei, mas na cama ela compensa.- O respondi sem exitar.

Relacionamentos pra mim sempre foi assim, descomplicado, sem cobranças e com toda a liberdade necessária... É bem melhor levar a vida assim, sem amarras e sem uma algema no dedo.

- Está entregue, meu amigo! Não vou me oferecer de entrar, porque sei que você quer ficar sozinho. Mas quando quiser conversar, é só me chamar.- Pedro disse ao me deixar na porta de casa.

O Pedro é um psicólogo muito renomado, ele trabalha no melhor hospital da nossa cidade e tem uma longa lista de clientes, mas não estou nem um pouco interessado em fazer terapia com ele, nem com ele e nem com ninguém. Eu mesmo dou conta dos meus problemas.

- Valeu, Pedro! Mas prefiro te chamar pra uma noite no clube, garanto que iríamos nos divertir muito mais.- O respondi rapidamente.

Pedro riu ao me ouvir falar e rapidamente nos despedimos... Ele seguiu seu caminho e eu logo adentrei pela minha casa.

- José, eu deixei o meu carro no clube Blue Moon, aquele no centro da cidade... Peça a um dos seguranças para busca-lo.- Pedi ao chefe da segurança da minha casa ao entregar a chave do mesmo pra ele.

Desde a morte do meu pai, ninguém da minha família se descuida quando o assunto é cuidar da segurança... Nós temos segurança em cada canto do terreno e absolutamente ninguém entra nas nossas propriedades sem autorização.

- Sim, senhor! Eu mesmo irei e irei agora mesmo.- José disse já passando por mim.

Me encaminhei em direção a porta principal da casa e naquele mesmo instante vi que o carro da minha mãe estava parado alí... Eu amo a minha mãe, realmente amo, mas desde a morte do meu pai, sinto que a nossa relação esfriou e de alguma forma, me sinto culpado pela morte dele e sinto que eu o tirei dela... Eu me lembro que os dois eram loucos um pelo outro, a minha mãe era apaixonada pelo meu pai e desde que ele morreu, eu sinto que um brilho se apagou em seu olhar e de alguma forma, eu fui culpado por isso.

Talvez se meu pai não tivesse feito aquela maldita festa de aniversário, todos aqueles carros não tinham chamado a atenção dos bandidos e talvez ele ainda estaria aqui hoje. E a verdade é que eu trocaria tudo que eu tenho, só pra te-lo aqui.

Subi toda a escadaria que dá acesso a porta principal rapidamente, abri a porta de entrada e como já esperava, a minha mãe estava alí, mas havia uma moça com ela... Quem é essa e o que ela faz aqui?

É uma mocinha jovem e bem, mas bem simples por sinal... Ela está ao lado da minha mãe e elas conversam algo animadamente.

- Mãe? O que faz aqui?- A questionei enquanto adentrava pelo cômodo.

Ela se virou com um sorriso gigante em seu rosto ao ouvir minha voz e aquela moça fez o mesmo... Ela também abriu um sorriso pequeno ao me ver e me fitou com atenção.

Quem é essa? O que ela faz aqui? Não consigo entender.

Ela é realmente uma mocinha, parece ter pouco mais de dezoito anos. Ela tem estatura média, os seus cabelos são bem longos e cacheados e seu rosto é de menina, mas o seu corpo, já mostra que ela é uma mulher... E sinceramente, uma bela mulher... Apesar da roupa simples, o rosto sem maquiagem, ela não deixa de ser uma mulher bonita.

- Oi, meu filho! Eu não queria vir sem avisar, você sabe, mas eu finalmente consegui a moça para te ajudar aqui com a casa.- Ela disse ao se aproximar de mim com um sorriso no rosto.

Ah!! Finalmente uma boa notícia, eu não sei porque, mas nenhum funcionário quer trabalhar aqui em casa, mesmo eu oferecendo um ótimo salário e ótimas condições de serviços, eu não consigo entender o porquê.

- Ela?- A questionei enquanto ainda encarava aquela mocinha.

Bom, melhor ela do que ninguém... A casa já está ficando uma bagunça e a Cida não está dando conta de tudo, infelizmente.

- Sim! Foi a Heloísa quem indicou...- Minha Mãe respondeu.

- É, melhor que nada... Vamos fazer um teste, um mês, se ela servir, eu a contrato... Mocinha, fique sabendo que eu gosto das minhas coisas bem organizadas, gosto da minha casa limpa e principalmente, não gosto de funcionários que se metem na minha vida pessoal, entendeu?- a questionei enquanto olhava diretamente para ela.

Ela forçou um sorriso ao me ouvir falar, mas pelos seus olhos, vejo que as minhas palavras assustaram... Ótimo, é melhor mesmo que ela tenha medo de mim e saiba bem o seu lugar aqui nessa casa.

- Tá ótimo! Farei tudo do jeito que o senhor gosta.- Ela me respondeu rapidamente.

- Okay! Então você ficará aqui de segunda a sexta, das oito as seis... Aos fins de semana você pode ir pra casa e quando eu precisar do seu serviço depois do horário ou aos fins de semana, você receberá hora extra, assim como manda a lei.- Disse a ela.

- Eu tenho que dormir aqui?- Ela me questionou com confusão no seu olhar.

Não é óbvio? Eu preciso de alguém a minha disposição, e ela receberá muito bem do isso.

- Por que? Isso é um problema pra você?- A questionei sem entender o motivo de toda a sua surpresa.

- Não, está tudo bem! Eu aceito! Aceito!- Ela me respondeu sem exitar.

Ótimo! Um problema a menos na minha vida.

Eu espero ao menos que essa daí dure, porque se ela for sonsa

igual a todas as outras, ela não irá passar nem do primeiro dia.

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