CLARIS:
Não sabia quantas horas haviam passado desde que Vikra me havia trancado. Tentei despertar a minha loba, Lúmina, mas parecia que cada vez que ela usava os seus poderes, ficava completamente exausta. Decidi não insistir, pensando que era melhor mantê-la oculta para que Vikra não descobrisse que eu era uma mulher-lobo e não uma simples humana.
Precisava ganhar tempo com ele. Eu estava consciente da minha beleza e sabia como usá-la. Era apenas uma questão de aproveitar esses dons a meu favor, e ele acabaria por ceder. Os alfas como ele adoravam salvar donzelas em perigo; eu faria o papel de vítima indefesa. Até agora, tudo o que eu tinha lido nas minhas histórias de fantasia favoritas sobre lobos se confirmava: os alfas eram protetores e dominantes por natureza. Precisava fazer com que ele continuasse a proteger-me enquanto ganhava a sua confiança.