CLARIS:
Olhei para Kieran, que me observava como se eu não o conhecesse. Havia suspeita em seu olhar; entendia que era um choque para todos ao nosso redor saber que éramos perseguidas por um espectro do qual não tínhamos ideia do que era. Sentia o peso de seus olhos, inquisitivos e desconfiados, como se tentassem desvendar segredos que nem eu mesma compreendia completamente. Sempre acreditei que escapar da Austrália nos libertaria desse aterrorizante assédio, que o mar entre nós e nossa terra natal seria suficiente para romper qualquer vínculo sombrio que nos prendesse a esse lugar. No entanto, estava claro que estávamos enganadas.
—Kieran —comecei, buscando um lampejo de compreensão—, não queríamos trazer problemas. Apenas queríamos viver em paz.Ele assentiu lentamente, como se em minhas palavras tivesse encontrado um eco da verdade, embora a desconfian&cce