Perola Campbell
Para ser bem sincera, não sei nem o que falar. Em seu lugar, ficaria me perguntando quantos filhos tinha perdido sem saber.
O silêncio se prolonga por alguns segundos, decido pegar um copo de uísque para ele. Em uma das dezenas de caixas que Apolo mandou para a minha casa, há uma miniadega climatizada e garrafas com uma quantidade variada de bebidas. Ele agita o gelo no copo antes de beber um gole e continuar.
— Fiquei muito chateado, mas ainda era um tolo e achava que um dia poderia perdoá-la. Não deu, eu olhava para ela e me perguntava o que mais seria capaz de esconder de mim.
Ele toma a bebida em um único gole, tiro o copo de suas mãos e esfrego suas costas mais uma vez.
— Sabe que você não é culpado pelo que aconteceu, né? — ele dá de ombros e lembro de um detalhe — Não entendo porque continua casado com essa mulher.
— Por pura teimosia, a gente se casou com comunhão parcial de bens e depois do que ela fez, não queria permitir que levasse muito dinheiro. Ela não q