— Estão assinados, o advogado vai enviá-los para você amanhã... — comenta em tom abatido.
Leandro, em vez de olhar para ele, olha para mim e eu para ele. Leonel abatido após um acordo lucrativo? Em qual mundo? Não devia ser o dele.
— Você está se sentindo bem? — tenho que perguntar. Deve estar doente.
— Estou tentando ficar o melhor possível... — suspira.
Leandro e eu voltamos a trocar um olhar estranho. Enquanto isso, nos servem vinho.
— Podemos saber o motivo pelo qual você está se sentindo mal? — continua indagando Leandro.
— Não há muito que eu possa fazer a esta altura. Suponho que sou um homem que não sabe o que é manter uma relação adequada entre pai e filha — explica desanimado.
Novamente Leandro e eu nos olhamos. Nós dois conversamos com os olhos. Na verdade, se alguém visse nossos olhos, saberia que estão gritando: SARA! Sara, a esta altura, já é uma mulher, uma mulher feita e direta, que está conhecendo a si mesma e ao mundo. E isso, temo eu, não é compatível com um pai supe