Me estico para pegar com suavidade o celular de Marianne. Esse que está ao lado dela. Pego-o e digito a senha que ela me deu. Pode ser que Marianne esteja sendo tentada a estar com outro homem, por isso está me tratando tão bem.
Era o que eu costumava fazer, quando estava envolvido com mais de uma mulher, e me convinha manter as duas contentes, fazia um esforço extra. Mas me decepciono ao ver que não há nada suspeito com nenhum homem. A não ser que eu conte as conversas picantes que ela tinha com Giana falando sobre meu órgão ou as conversas de negócios com o bajulador do Mateo, não há nada.
Suspiro e deixo o celular onde estava. Volto a olhar para o teto desta vez humilhado. Tenho certeza de que revisei o celular de Marianne mais vezes do que ela fez com o meu. Estou procurando inimigos imaginários, me tornei praticamente uma mulher.
Para completar, em seu sono, Marianne vem até mim, me abraça e dá um longo ronronar de satisfação.
—Você não facilita as coisas. É uma mulher estranha —