—Não tenho mãe, Marianne. Alguma outra pergunta que eu possa responder? — ele oferece.
Entendi na hora. A mãe era pior que o pai e nem piadas ele se atrevia a fazer sobre ela. Assunto proibido e anotado. Reorganizei minhas ideias. Tinha um propósito para esta noite.
—Você tem com você o anel de noivado que me falou? — mudo de assunto.
—Isso nem se pergunta — vira sua taça de uma vez — Me segue, está embaixo da bíblia.
—O quê? — falo confusa com Luciano se esgueirando como criança travessa até o escritório.
Devia estar zombando de mim porque descobri que essa é sua atividade favorita comigo. Deixo minha bolsa no balcão e vou até onde ele sumiu. Quando entro no elegante escritório com a vista linda para o mar à noite, encontro ele abrindo o cofre na estante. Não acredito nem um pouco na história do anel amaldiçoado, ando perto dele e cruzo os braços.
—Que mentira vai me contar dessa vez, Luciano Brown?
—Mentiras? Nuuunca vai ouvir uma de mim — diz cheio de ironia e tirando uma caixa comp