Quando está prestes a sair do quarto, Marina é surpreendida pela entrada da mãe, carregando uma caixa grande que parece pesar tanto quanto a empolgação estampada em seu rosto.
— Que bom que te encontrei acordada, Mari! — exclama Daniela, já atravessando a porta sem cerimônia. — Olha só o que comprei para você! — diz ela, abrindo a tampa da caixa com um brilho nos olhos.
Apesar da pressa que a domina, Marina sente-se forçada a parar por um momento. A energia da mãe é quase contagiante. Ela se aproxima e olha para dentro da caixa. Seus olhos se deparam com um vestido branco, deslumbrante, todo de seda. Os detalhes delicados e o caimento perfeito são de tirar o fôlego.
— Que lindo, mãe! — exclama, deixando escapar a surpresa que não consegue esconder.
— Então, vista-o agora! Quero ver como você fica nele — insiste Daniela, quase como uma ordem mascarada por entusiasmo.
Marina hesita.
— Faço isso quando voltar, mãe. Estou indo ver o Victor agora — explica, tentando argumentar com suavidade