O tom cortante e cheio de desprezo na pergunta de Joana surpreende a todos, de modo que ninguém sabe exatamente como reagir. O silêncio que se instala só amplifica o impacto das palavras dela.
— Perguntei o que essa imprestável está fazendo aqui? — Joana repete, desta vez com a voz mais alta e irritada, enquanto lança um olhar gélido e cheio de desprezo para Marina.
Marina, por sua vez, fica imóvel. Seus olhos arregalados revelam tanto o choque quanto a dor que sente ao ser tratada daquela forma, mas ela se esforça para não demonstrar fraqueza.
Victor, ao lado da mãe, ergue uma mão em um gesto de advertência.
— Mãe, chega! — diz ele, num tom firme, mas controlado. — Não tem necessidade de tratar a Marina assim.
Joana se vira para ele, com o rosto ainda marcado pelas lágrimas, mas agora tomado por indignação.
— Não tem necessidade? — retruca, apontando para Marina com um gesto brusco. — Depois de tudo o que essa… essa mulher representa, você ainda tem coragem de defendê-la?
Marin