Na cozinha, Daniela mantém uma expressão severa enquanto lança olhares reprovadores para o marido.
— Não fique assim, mulher, eu fiz o que era certo — diz José, se levantando para lavar a louça.
— Certo? — Daniela quase sussurra, incrédula. — Você deu permissão para aquele homem fazer o que bem entender com nossa filha!
— Ele é o namorado dela agora — rebate José com firmeza. — E não fale como se a Marina fosse uma criança. Acha mesmo que ela, com aquela personalidade forte, vai deixar alguém fazer o que quiser com ela?
— Acho, sim! Sabe por quê? Porque a nossa filha é ambiciosa, José. Até ontem ela dizia gostar do Sávio, e agora está com esse homem.
— Talvez porque o Victor demonstrou mais caráter e coragem que o Sávio jamais teve — responde ele, irritado. — Escuta aqui, não quero mais ouvir o nome do Sávio nesta casa. O que ele fez com a nossa filha é imperdoável. Prefiro mil vezes vê-la ao lado de alguém que a respeita, do que triste pelos cantos.
Daniela franze o cenho, ainda desco