Alex veio nos buscar por volta das onze e meia da manhã, chegou na porta de minha casa, dirigindo um Celta prateado.
Desceu, abriu a porta para nós e sorriu para mim. Fiquei meio desconcertada, mas acabei sorrindo de volta.
— Oi — ele balbuciou, tinha carinho em seu tom de voz.
— Oi, motoboy — respondi, um pouco melosa.
Deus, o que estava acontecendo comigo?
— Oi, Clara — saudou minha amiga, todo simpático —, como você está?
— Estou bem — ela respondeu —, e você?
— Pra ser sincero, com fome. Entrem, eu juro que sou um bom motorista.
Eu ri.
Sentei no banco da frente e afivelei o cinto. Clara fez o mesmo, sentada no banco de trás.
— Minha família é um pouco... Como vou explicar? Barulhenta...?
Ri novamente.
— Estou preparada — assegurei, apertando sua mão.
Alex olhou para mim de soslaio e abriu um sorriso que aqueceu meu coração, me fazendo, a contragosto, suspirar.
Sério, alguém me explica o que está acontecendo comigo?
Como ele mesmo dissera no sábado (o