Ele respondeu, irônico:

— O que acha?

Ela disse, massageando as mãos e pulsos dele:

— Claro, né? Poxa… E aí?

Ele respondeu:

— E deu tudo certo! Foi muito lou.co, tem vídeo até. Depois te mostro! Me machuquei nas pedras quando fui sair da água. Os primeiros dez, quinze dias, sei lá, foram os piores. Eu queria mor.rer! Meu amigo não queria me olhar, a Lays foi embora a trabalho, e minha mãe só apareceu pra piorar tudo. Todos os dias ficava falando como eu era tolo, igual a meu pai. O relacionamento deles é de uma vida inteira, mas as camas, os quartos, não. Dormem separados desde antes dos meus dezoito. Eu vivo me perguntando se suportaria um relacionamento assim, de fachada. Eu particularmente acho relacionamento difícil. Entendo que a Lays não precisava se sacrificar por mim—era só um rolo—mas doeu. É difícil explicar. Eu até faria o mesmo no lugar dela. E você?

Ela respondeu, sentida:

— Eu não abandonaria um amigo. Nunca. Sinto muito por tudo isso. Ouve meu conselho profissional: