21- Motel

Gabi narrando :

Acordei do transe num estalo, como se tivesse levado um banho de água fria no meio do fogo.

Empurrei o peito dele com as duas mãos, ofegante.

— Rodrigo… aqui não. Aqui não é lugar pra isso — falei, descendo da mesa apressada, já ajeitando a roupa, ainda sentindo as mãos dele no meu corpo, a boca no meu pescoço, o gosto dele nos meus lábios.

Ele respirou fundo, passando a mão pelo rosto, e eu vi claramente: ele tava tão aceso quanto eu.

Dava pra ver o volume evidente na calça, o peito subindo e descendo rápido, os olhos escuros de desejo.

Abotoou a camisa devagar, me encarando com um meio sorriso, ainda sem desviar.

— Então vamos sair daqui — ele disse, com a voz mais baixa, mais rouca, mais perigosa.

— A gente tá em horário de trabalho — respondi, sem coragem de encarar ele por muito tempo. Meu corpo ainda tava tremendo. Eu queria… mas não podia. Ou pelo menos achava que não podia.

— Faltam cinco minutos pro almoço — ele falou, olhando pro relógio no pulso. — Vamos, Ga
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