27. Só quer paz
Duas semanas. Foi esse tempo que se passou sem ter nenhuma notícia de meu pai. Não obtive nenhuma informação, apenas remédios e vitaminas que preciso tomar todos os dias. E óbvio, um cretino vivendo ao meu lado todo o santo dia.
Sinceramente, Lucca não tem nada melhor para fazer. Sua vida está sendo: acordar, me dar uma bronca por ter ido tomar banho sozinha e ainda falar um gigantesco sermão, insistir em ficar ao meu lado, mesmo que eu não queira, e fazer de tudo para que eu coma tudo o que ele traz. Desde frutas até legumes e carnes. Não estou com estômago para isso. Só de ver, meu apetite se esvai.
Pelo o que pesquisei, é normal essa rejeição de meu corpo. Ele havia se acostumado com o método dentro daquela salinha do caramba e agora que as coisas voltaram ao "comum" vai demorar um pouquinho para entrar nos trilhos.
— Coma. — mandou, segurando uma colher que parecia conter um negócio gosmento e quase líquido. — É purê de batatas, precisa se alimentar.
— Posso comer outra hora? Esto