— Jaqueline? Aconteceu alguma coisa?
A voz de Simão soou pelo celular. Clarice mordeu o lábio, hesitando por um instante. Ela estava prestes a falar quando uma voz familiar surgiu ao fundo:
— O que foi? Sua mulher está te controlando?
— Jaqueline, fala logo! — Simão lançou um olhar severo para Sterling, mas sua voz ficou mais suave, como se temesse assustar a mulher do outro lado da linha.
Clarice respirou fundo antes de finalmente dizer:
— A Jaqueline está bêbada. Se você estiver livre agora, venha ao Encanto do Vale buscá-la.
Simão olhou para Sterling, que mantinha uma expressão fria, e respondeu:
— Tudo bem, estou indo agora.
Clarice hesitou por um momento antes de continuar:
— Venha sozinho. Não deixe o Sterling ir com você. Eu não quero vê-lo.
Desde a morte da avó, Clarice havia enterrado qualquer sentimento que nutria por Sterling. Ela não queria encontrá-lo, muito menos ouvir suas tentativas de explicação.
Certas coisas, uma vez feitas, deixavam marcas que