Jaqueline se virou bruscamente, surpresa, seus belos olhos fixos no homem.
— Do que você está falando? Que absurdo é esse?!
— Você sabe melhor do que ninguém se é absurdo ou não. Jaqueline, já que está comigo, é melhor se comportar. Caso contrário, veremos como eu cuido de você. — Os dedos longos dele brincavam com o pequeno sino no tornozelo dela, enquanto sua voz fria carregava uma ameaça sombria.
Há poucos instantes, os dois estavam envolvidos em carícias e sussurros íntimos. Agora, as palavras do homem eram cortantes e impiedosas.
Jaqueline respirou fundo e, ignorando a dor no corpo, se ergueu lentamente. Com um gesto gracioso, puxou os cabelos longos e ondulados para trás da orelha e soltou uma risada suave.
— Se eu não obedecer, perco tudo, né?
Seu estúdio. Sua melhor amiga. Tudo o que havia conquistado.
O sorriso dela era encantador, sedutor até, mas nos olhos havia um brilho úmido, quase imperceptível.
O homem sentiu uma irritação inexplicável crescer dentro del