Capítulo 422
Durante esse tempo, Ana frequentemente se pegava pensando em como, no passado, ela batia e insultava Clarice a todo momento.

Clarice devia ter sofrido tanto!

Sob anos de maus-tratos, como ela conseguiu sobreviver?

Sempre que essas memórias vinham à tona, Ana sentia uma dor profunda no coração, como se estivesse sendo consumida pelo arrependimento.

Agora, em sua condição atual, ela acreditava que tudo isso era uma forma de punição divina, uma retribuição pelos pecados que havia cometido.

— Mãe, você consegue falar? — Beatriz perguntou, com os olhos marejados e a voz tremendo.

— Consigo. — Ana respondeu com dificuldade, sua voz fraca e rouca.

— Foi ele que te bateu? — Beatriz perguntou, embora já soubesse a resposta. Ela precisava ouvir.

— Deixe ele me bater. Eu mereço. Minha vida inteira foi cheia de pecados. — Ana murmurou, com os olhos marejados. Toda vez que Antônio a agredia, ela pensava que era mais uma dívida que pagava a Clarice.

Mas Clarice estava morta. Ela ja
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