O motorista aguardava do lado de fora do carro de luxo, impecável em seu uniforme de paletó perfeitamente alinhado, luvas brancas imaculadas e um quepe sem uma única dobra fora do lugar. Sua postura era rígida, profissional, como se estivesse em um posto de honra. Assim que nos aproximamos, ele deu um discreto passo à frente e, com um gesto preciso e calculado, abriu a porta, pronto para receber Gabriel com a mesma formalidade de sempre. Seu olhar discreto e postura impecável deixavam claro que ele estava acostumado a atender homens de alto escalão — e que nada, nem mesmo um passeio fora da rotina, quebraria sua disciplina.
No entanto, Sofia, com o brilho da travessura nos olhos, resolveu testar os limites do pai. Antes que ele entrasse, lançou a sugestão inesperada:
— Papai, não acha que seria mais divertido se você dirigisse?
Gabriel franziu a testa, claramente desconfortável com a ideia.
— Sofia, temos um motorista para isso.
— Mas, pap