ERIC
Depois de passar uma noite mais do que agradável com Diana, não consegui pegar no sono e, por volta das cinco da manhã, meu celular começou a vibrar em cima da mesinha de cabeceira. Era Marlon. Saí da cama de fininho para não acordar Diana, vesti o short e saí do quarto.
"O pior aconteceu e o seu voo sairá daqui a duas horas, você irá para Londres e um advogado vai te procurar no hotel."
Duas horas. Eu tinha duas horas para embarcar num voo que poderia mudar para sempre a minha vida.
Só de pensar que eu estava viajando para ver Gisele pela última vez antes de a colocarem a sete palmos abaixo da terra já me embrulhava o estômago. Ela que sempre foi uma amiga maravilhosa, uma mulher bonita, carismática e piadista. Foi pensando nela que cheguei a conclusão de que a vida era mesmo um sopro, numa hora estávamos bem e no minuto seguinte podíamos não estar mais aqui.
O que mais me preocupava e me angustiava era não saber o motivo de eu ter sido citado no testamento dela.
Gisele er