Pietro Cavalcante
Já fazia meia hora que a aula de dança havia acabado e nada da minha mãe chegar, fiquei preocupado achando que ela tivesse ido embora, estava apreensivo e cogitei ligar para o meu pai, mas aí ela apareceu sorridente e me chamou para entrar.
— Oi mãe, você demorou.
— Desculpe filho, precisei fazer uma coisa antes, vamos pegar Aninha que deve estar nervosa. – Ela riu. Minha mãe estava escondendo alguma coisa, era perceptível.
Quando chegou ao CT de Aninha, ela estava conversando com umas meninas e quando nos viu se despediu delas e veio para o carro.
— Oi estranho. – Ela socou meu ombro de brincadeira. — Oi tia, demorou. – Minha mãe deu a mesma explicação para ela e nós dois nos entreolhamos. — Tia Bebel, posso ir na frente?
— Se for pra alguém ir na frente tem que ser eu. – Protestei e ela me mostrou a língua.
— Eu sou a sobrinha preferida dela.
— E eu o filho.
— Você é filho agregado, eu sou a sobrinha que ela mais ama não é tia? – Olhamos para minha mãe que