Já estava dormindo quando meu celular tocou insistentemente e atendi com a voz cansada.
— Alô!
— Será que você pode vir no jardim.
— Claro, espera um pouquinho. – Me levantei da cama e fui me arrumar.
Quando cheguei no jardim o encontrei à minha espera, tinha champanhe duas taças, e morangos cobertos de chocolate na mesa o que me fez sorrir não sei por que motivo.
— É muito? – Ele estava inseguro, uma coisa que achei fofo.
— Não mesmo. Pelo menos eu gostei.
— Desculpe o atraso, tive um dia e tanto hoje.
— O importante é que você está aqui agora – ele se aproximou de mim e nos beijamos, por um segundo voltei ao tempo da minha adolescência.
Me sentei na cadeira e ficamos conversando por um bom tempo.
— Onde está a sua lata velha? Quer dizer carro?
— Precisei vender para ajudar no tratamento da minha irmã.
— Você falava daquele carro com tanto carinho. – Ele me disse.
— Eu sei, mas a minha irmã é muito mais importante, claro que fico triste porque o carro era uma lembrança do meu