BRUNO
Depois de me certificar de que Lia ficaria bem sozinha, avisei a ela que teria que voltar para o trabalho e que se precisasse de alguma coisa era para ligar para o meu celular para não incomodar Ester. Entrei no carro e peguei o caminho de volta para casa de Ester.
Assim que estacionei o carro na garagem, respirei fundo tentando criar coragem para contar para Ester, tinha medo de como ela poderia reagir. Tão logo cruzei a porta de entrada, vi Caetano deitado no sofá assistindo televisão e Maria terminando de passar pano na sala de jantar e na cozinha.
— Já voltou, filho. Conseguiu resolver o seu problema?
— Consegui sim. Onde está Ester?
— Ela já está na sala dela faz um bom tempo.
— Será que pode olhar Caetano, estou precisando conversar com ela.
— Claro! Pode ir lá.
Assim que abri a porta da sala, percebi que Ester estava concentrada desenhando, por alguns minutos fiquei apenas observando-a. Ela ficava uma graça quando balançava a cabeça de acordo com a música que estava ouvin