BRUNO
Dois anos se passaram desde o dia em que tomei coragem de pedir Ester em casamento naquele fim de semana no hotel fazeda e ali estava eu, parado em frente ao espelho, encarando o meu reflexo enquanto terminava de dar o nó da gravata. A porta do quarto foi aberta repentinamente e Caetano entrou correndo.
— Anda, papai. A gente vai chegar atrasado.
Pai. Quem diria que uma palavra tão pequena pudesse mexer tanto comigo. Tudo bem que, já tinha me acostumado com o pestinha me chamando de pai pela casa, mas não podia deixar de me sentir emocionado ao ouvi-lo me chamar assim.
— Calma, pequeno. Não vamos chegar atrasados.
— E se a minha mãe já estiver lá?
— Não vai estar. Confia em mim, tá?
— Tá bom, papai.
Ele ficou de pé ao meu lado enquanto e terminava de dar o nó na minha gravata e arrumei a dele que estava um pouco torta de tanto que ele ficava pulando e correndo pela casa.
— Estou bonito?
— Sim!
Minha mãe apareceu na porta do quarto e informou que o irmão de Ester já tinha chegado