Cecília caminhava devagar pelos corredores da mansão, o som dos próprios passos ecoando suavemente contra o mármore frio. A casa estava em silêncio, com todos recolhidos depois de uma noite leve e divertida. Ela queria apenas um copo de leite quente para acalmar o coração e, depois, checar se seu pai estava bem antes de dormir.
Mas, ao passar por uma das janelas que dava vista para a área externa, seu corpo congelou.
Fellipo estava lá fora, parado à beira da piscina, com as mãos nos bolsos e o semblante perdido em pensamentos. A luz prateada da lua refletia na água, iluminando o rosto dele com uma suavidade quase cruel. Ele parecia tão distante, tão intocável... mas ainda assim era o homem que fazia o coração de Cecília disparar.
Ela ficou ali, imóvel, observando-o como se ele fosse um segredo que ela queria guardar para sempre. Seu peito doía de saudade, mesmo sabendo que ele estava a poucos metros de distância. As palavras que ele dissera dias atrás ainda ecoavam em sua mente — ele a