Após dois dias de descanso merecido, Amara recuperou as energias e voltou ao set pronta para trabalhar. Ao conferir a agenda, percebeu que a maior parte de suas cenas principais já estava concluída. Restavam apenas tomadas complementares, em especial as sequências em que sua personagem contracenava com Emília Glayc, conhecida nos bastidores como a rainha da má atuação.
Tudo já estava decorado — falas, marcas, gestos. Não havia motivo para preocupação.
Quando chegou ao estúdio, notou que sua cena ainda não havia começado.
A assistente correu até ela com um sorriso aberto:
— Ei, Amara! Que bom que você chegou. Eu estava quase te mandando uma mensagem dizendo que não precisava vir tão cedo.
Amara arqueou as sobrancelhas, em tom de brincadeira:
— Ué, o diretor resolveu ser generoso e me dar folga extra?
— Não exatamente… — A assistente abaixou a voz e inclinou a cabeça, indicando discretamente o outro lado do set, onde Emília Glayc contracenava com Alice Houtt. — Olha ali. É a Emília. Ela