Judith— Finalmente o contrato já está assinado, Collin — digo para o meu amigo e sócio, enquanto desço a escadaria da mansão Birmingham. — Agora só preciso da sua assinatura e depois disso, faremos as fotos com a nossa mais nova Bestseller.— Nesse caso, você deveria fazer essas fotos. — Paro assim que ponho os meus pés no piso inferior.— Como assim? Você é o CEO da editora…— Mas foi você quem a encontrou. E não se esqueça de que também é sócia da editora. Está na hora de mostrar a sua cara para os nossos autores e para o público também.Bufo mentalmente.— Acho que já dei as caras por tempo demais — resmungo.— Não para a nossa editora, Judith de Birmigham.Por que ele está insistindo com isso?— Está determinado. Você colocará a sua assinatura nesse documento e fará as fotos.Que droga, meu coração está disparado de nervoso apenas com essa possibilidade.— Judy?— Ok! Se é assim que você quer.— Ótimo! — E como um cavaleiro da távola redonda, ele encerra a ligação bem na minha car
JudithJudith— Obrigada por me cobrir ontem, Judy. Se não fosse você, eu estava ferrada. — Josephine fala quando suas irmãs se afastam um pouco para olhar as vitrines do shopping.— Você ainda não me contou o que aconteceu naquela noite e o porquê de ter dormido fora de casa. — Percebo um pequeno sorriso se formar em seu rosto. Contudo, ela parece sem graça.— Eu conheci alguém. — Ela diz sem olhar nos meus olhos e sou pega de surpresa.— Alguém? Quem?— O nome dele é Henrique Terceiro de Caerwyn. — Meus olhos imediatamente se arregalam em surpresa e sem perceber paro de caminhar.— Esse não é o príncipe de Gales?! — Quase grito a indagação e Josephine parece se apavorar com isso.— Shiiiu! Você quer anunciar para os quatro ventos, Duquesa? — Cautelosa, Josephine olha para os lados para ter certeza de que ninguém nos ouviu e arrependida, levo uma mão a minha boca, fazendo o mesmo.— Me desculpe, é que… uau! — Puxo o fôlego. — Como isso aconteceu? — Um sorriso acanhado brota nos lábios
Judith— É claro. E, boa sorte com o seu investidor!— Obrigado, Judith! — Adam se vira bruscamente e esbarra forte, dessa vez em Lydia que vem saindo da loja sem prestar muita atenção ao seu redor. — Ah, merda! — O homem rosna contrariado. — Por que não olha por onde anda, garota idiota?!— Você que é um grande imbecil! — Ela rebate irritada.— Talvez se você olhasse para os lados, teria evitado todo esse tumulto!— E se você fosse mais organizado, poderia ver o chão onde pisa! — Enquanto eles batem boca Josephine e eu trocamos olhares.— Ah, Adam? — Resolvo acabar de vez com esse empasse. — Você não tem uma reunião importante?— Ah merda, os investidores! — Ele retruca e sai apressado.— Babaca, idiota! — Lydia resmunga ainda contraria. Contudo, ela olha para o chão e rola os olhos em seguida. — Ele esqueceu isso. — Ela ergue um documento que ficou esquecido no chão. — Eu vou ver se o alcanço e encontro vocês na praça de alim
JudithAo entrar na sala de visitas, encontro as garotas Birmingham devidamente arrumadas e prontas para um jantar sofisticado de uma reunião importante. De alguma forma receber alguns brasileiros em minha casa me deixa um pouco ansiosa. Vai se maravilhoso conversar em minha língua e quem sabe falar um pouco sobre os nossos costumes. Não demora muito e a campainha começa a tocar. Um dos empregados abre a porta e um casal sorridente entra no meu campo de visão.Contudo, o meu sorriso se desfaz pouco a pouco e é como se eu estivesse sendo arrastada para o meu passado, para dezoito anos atrás.O orfanato.A discussão do jovem casal.E uma vida completamente vazia.— Sua Graça, a sua mansão é belíssima! — escuto a voz distante da mulher encantada com a decoração da casa. Entretanto, não consigo desviar os meus olhos de cima dele.Alto, magro, cabelos curtos e agora um pouco calvo. Uma barba cheia não esconde mui
Judith— Oh Deus, o Duque deve amá-la muito. E, meu Deus como você é linda e tão… perfeita! — Ela estende uma mão para tocar no meu rosto, porém, me afasto bruscamente e não seguro um rosnado irritado.— Não ouse me tocar… nunca! — Seu semblante fica sério e confuso.— Oh, me desculpe, Sua Graça... eu... não tinha a intenção…— Você não sabe mesmo quem eu sou, não é? — rosno fria e rígida. E o meu questionamento a faz franzir a testa. Contudo, ela volta a sorrir.— É claro que eu sei.Ela sabe? Meu coração dispara violentamente.— Você é Judith de Birmingham, a Duquesa, certo? — Chego ainda mais perto dela e olho dentro dos seus olhos.— A dezoito anos atrás você e o seu marido insignificante abandonaram uma criança no orfanato e ficaram com a herança dela. — A mulher fica pálida de repente. Ela balbucia, olha para os lados. Provavelmente para ter certeza de que estamos sozinhas.— Eu... não sei do que você está falando,
Judith— Bom dia, Judith! — Darly diz assim que as portas do elevador se abrem e antes que eu consiga respondê-la, sou imediatamente arrastada para o lado oposto do meu escritório.— Bom dia! — falo um tanto atordoada com a sua pressa e percebo que estamos indo direto para o salão de eventos da editora. — O que está acontecendo aqui? — ralho, mas ela não me responde. Contudo, paramos bem na entrada e sem entender nada fito as portas de vidro fechadas.— É uma surpresa. Sua Graça.— Surpresa? Mas não é meu aniversário nem nada!— Só, me deixe fazer isso… — Darly leva uma venda aos meus olhos, deixando-me curiosa. — Agora venha comigo. — Ela pede, segurando na minha mão. Ansiosa, sigo os seus passos sem titubear. E quando ela larga a minha mão, solto uma respiração alta, esperando algo acontecer. — Já pode tirar a sua venda, chefa. — Darly pede e não hesito em me livrar do tecido macio.— Mas o que? — indago olhando para praticamente todo o gr
Judith— O maior sonho do duque é oferecer o melhor para as crianças de Birmingham. E acreditem, eu o apoio completamente. — Willian solta o ar pela boca. Parece aliviado com a minha declaração. — Mas, eu sei que ele consegue projetos melhores.— Como assim? — Magnólia retruca.— Eu tenho uma pergunta. A herança que os meus pais deixaram era grande o suficiente para levantar qualquer projeto. Por que vocês mesmos não o financiaram? — Ambos trocam olhares e esse gesto me faz pensar. Portanto, uno as sobrancelhas. — É claro — ralho com um humor sarcástico. — Meu Deus, vocês… vocês torraram tudo!— Escute aqui, menina. Você vai para casa no final do dia e vai dizer para o seu marido que deve nos apoiar. Você me deve isso, Judith!— Eu não devo nada a vocês! — Alte
ThomasAs batidas ritmadas do coração do meu filho preenchem toda a sala do consultório e inesperadamente sou tomado por um sentimento tão forte e quase insuportável. Sinto-me tão poderoso diante desse som. Capaz de fazer qualquer coisa apenas para mantê-lo seguro e protegido. A leve pressão dos dedos da minha esposa nos meus me fazem abaixar os olhos e sorrio emocionado.— As batidas do coraçãozinho do seu filho são bem fortes, Sua Graça. — Jane, a obstetra diz com entusiasmo, intensificando as minhas emoções. Contudo, sorrio para o seu comentário. — E, já posso ver o sexo do bebê. Os pais têm interesse de saber? — Em resposta, Judy e eu trocamos olhares.Sim, eu gostaria muito de saber. Penso, mas não sibilo.— Sim, por favor, Doutora! — Judith pede e com um manusear no aparelho, Jane foca em um ponto da imagem turva.— Ok, vamos lá… — Ela faz um pequeno suspense. — Meus parabéns, suas Graças, vocês estão esperando uma linda menininha.Meu coração dispara violentamente e como se não