Steffano
Cecilia era uma garota doce, ao menos até onde eu havia conhecido, então, eu admito que estava sendo um cretino naquele exato momento, mas também sabia que era a melhor forma de lidar com toda aquela situação. Então, levei-a propositalmente ao restaurante em que seu querido noivo costumava atender à grande parte de suas clientes.
— Obrigada… — eu a ouvi dizer pela terceira vez quando abri a porta do carro para que ela pudesse entrar, e foi então que eu me vi suspirando ao fechar a porta e entrar do outro lado.
— Cecília, não precisa me agradecer a todo momento, abrir a porta é apenas natural — acabei por dizer, e ela me deu um sorriso triste de canto, parecendo desconsertada.
— É que não estou acostumada com tanta gentileza.
Não estava?
Como ela podia não estar? Isso sequer fazia sentido.
Que tipo de relacionamento ela tinha com aquele traste do Hector?
— Seu namorado não a trata assim? — questionei, e seu rosto corou quando a peguei de surpresa com minha pergunta