Oliver
O som das sirenes ecoava no ar frio da noite enquanto a ambulância corria pelas ruas, cortando o trânsito com uma urgência que fazia meu coração bater mais rápido do que eu podia controlar. Emily estava imóvel ao meu lado, seu rosto pálido, os olhos fechados, e cada segundo que passava parecia uma eternidade. A pressão de sua mão na minha havia desaparecido, e isso me aterrorizava mais do que qualquer coisa.
— Aguente firme, meu amor. — Murmurei, mais para mim mesmo do que para ela. — Você vai superar isso.
O paramédico do outro lado do veículo verificava seus sinais vitais, mantendo uma expressão calma, mas focada. Não conseguia decifrar se aquilo era um bom ou mau sinal.
— Ela vai ficar bem? — Minha voz saiu mais trêmula do que eu gostaria.
O paramédico ergueu os olhos por um breve momento antes de responder.
— Estamos fazendo o possível, senhor. O estado dela é estável por enquanto, mas precisamos levá-la ao hospital o mais rápido possível.
Estável. A palavra deveria me traze