Noah não sabia o que iria fazer. Simplesmente estava ferrado.
Trouxe uma mulher que mal conhecia para o seu refúgio mais íntimo, um lugar onde costumava se sentir confortável, perdido entre as memórias do passado. Mas Emma era tão diferente. E aquela menininha... Aurora parecia trazer luz para uma casa que há tempos estava mergulhada na escuridão.
Bem, ele gostava de ser melancólico. O silêncio, a solidão, a nostalgia que impregnava cada canto daquele espaço eram como velhos amigos. Desde que sua avó se foi, a casa perdeu o brilho. Ele perdeu tudo. A tristeza consumiu sua avó até o último suspiro. Diziam que ela morreu de saudade, de solidão, mesmo cercada por filhos e netos. Noah entendia isso. Talvez ele também estivesse seguindo pelo mesmo caminho, lentamente.
A casa afastada do mundo era um refúgio acolhedor para ele. Um lugar onde poderia existir sem grandes expectativas, sem precisar sorrir ou fingir que estava bem. Mas trazer Emma para cá... foi inesperado.
O mais estranho foi