PEQUENA AMADA MINHA. CAPÍTULO 3. Uma garota bonita
Os dedos de Niko pararam instantaneamente, como se uma pequena corrente elétrica o tivesse paralisado. Ao longo de sua vida, e com trinta e seis anos e muita experiência nas costas, tinha escutado a falsa modéstia das mulheres muitas vezes; talvez por isso pudesse colocar suas mãos no fogo (ou no café fervente), apostando que aquele não era o caso.
A garota de verdade não acreditava que fosse bonita; e ele teve aquela estranha necessidade de querer comprovar isso.
Seus dedos pressionaram um pouco mais sobre a pele dela, arrancando-lhe uma leve e silenciosa careta: tinha a boca pequena e triste, ou talvez fosse apenas a dor. Seus olhos eram grandes e castanhos, nariz arrebitado e traços finos, cabelo longo, acinzentado e sem brilho, preso em um rabo de cavalo na altura da nuca.
Seus dedos seguiram mais abaixo, sobre a borda do sutiã, que enquadrava um seio cheinho e firme, que mal lhe encheria a palma da mão. Não podia ver o resto do co