Chiara olhou repetidas vezes para aquela carta. Não tinha se atrevido a abri-la, mas também não queria jogá-la fora. Não sabia por quê, porque não reconhecia totalmente a letra como sendo de John, mas algo lhe dizia que aquela passagem tinha chegado ao livro escrita por sua mão.
Muitas coisas a mantinham inquieta naqueles dias, mas estava suficientemente alerta para saber que John não havia enviado nenhuma outra carta.
Três dias depois, finalmente abriu aquele livro e retirou o envelope. Apesar de toda sua alma tremer, sua mão foi firme quando o rasgou, e do outro lado daquelas câmeras John prendeu a respiração.
Chiara fechou os olhos por um instante e criou coragem para ler o conteúdo. Só então percebeu que de fato a caligrafia do livro era muito parecida. Sentou-se naquele sofá porque tinha medo de cair e leu:
"Chiara."
Nem sequer tenho direito de te escrever "amor", "querida", "minha amada", embora sinta todas essas coisas profundamente. Você tinha razão, você tem razão, eu te decep