Eu dormi na casa de meu chefe.
Mauro estava bêbado demais para me levar em casa. Rafael se propôs a me levar, mais recusei. Depois do que aconteceu no escritório de Rafael, dificilmente queria ficar perto dele de novo. O choque e a vergonha me atingiram ao recordar da maneira como agi. Meu corpo estremeceu com a lembrança e fecho os olhos.
Poderia culpar a bebida, mas seria mentira. Eu estava sóbria, e sabia muito bem o que estava fazendo. Minhas pernas doíam, meu corpo estava sensível e a culpa era minha. Felizmente, era sábado e eu poderia relaxar assim que saísse. Arrumei os cabelos e saí do quarto.
Era como a noite anterior. Todos estavam na sala de estar, conversando casualmente. Não pude parar de pensar que essas pessoas eram as mesmas de ontem. A atmosfera tranquila da noite anterior havia se transformado em uma tensão palpável. Deveriam estar falando algo bastante sério, por mais que não quisessem transparecer.
- Bom dia. - Cumprimentei a todos, sentando na cadeira vazia.
- Bo