Passamos na casa de Rafael para que eu pudesse trocar de roupa. Peguei a primeira coisa que vi pela frente e vesti. Não queria pensar muito, apenas queria resolver logo essa palhaçada. Não percebi o olhar de Rafael em mim até estarmos dentro do carro e a caminho da empresa. Estava inerte em pensamentos quando senti sua mão em minha coxa.
- Preciso pedir desculpas a você.
Sua voz estava baixa, mas estranhamente convidativa. Eu o olhei, arqueando a sobrancelha.
- Por qual motivo?
- Quando disse que você não sabia se vestir e que iria passar vergonha. – e brincou com a situação. – Será que devo te deixar chateada mais vezes?
Mordi a língua, controlando minha resposta. Apenas peguei o que estava na frente, não pensei muito na questão. Peguei um terno preto com saia e vesti. Apenas isso. Ele percebeu meus sentimentos e passou o polegar em minha coxa, numa tentativa frustrada de me acalmar. Mesmo estando chateada, não pude deixar de suspirar.
Tomando isso como iniciativa, Rafael inclinou-s