Cap 257. Minha paz

O banheiro estava tomado pelo vapor quente que subia do chuveiro aberto. A luz suave refletia nas paredes úmidas, e o som da água caindo era o único ruído naquele silêncio denso, cheio de sentimentos não ditos.

Antonella deixava a água escorrer pelos ombros, os olhos fechados, os pensamentos ainda confusos, mas aos poucos sendo lavados junto com a maquiagem borrada e os resquícios da noite tumultuada. Seus braços envolviam o próprio corpo, como se tentasse se proteger do mundo lá fora.

Oliver entrou devagar, sem dizer nada. Fechou a porta atrás de si, e por um instante, apenas a observou. A mulher que amava estava ali, tão forte e ao mesmo tempo tão vulnerável. O cabelo grudado nas costas, a pele úmida, o corpo exausto... mas ainda assim, era o mais belo retrato de coragem que ele já tinha visto.

Ela sentiu sua presença antes de ouvi-lo. Abriu os olhos e se virou devagar, encontrando o olhar dele do outro lado do vidro. Não houve surpresa, nem pudor, apenas um suspiro leve, como
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