Crystofe trocou um olhar divertido com Alexander.
— Então é verdade o que dizem: o talento vem de família.
— Sim, Camila aprendeu robótica comigo, muito cedo, e se desenvolveu no ensino fundamental, quando chegou no ensino médio, me traiu. —Disse Johon em tom de brincadeira. — Se interessou por direito depois que Mariana contou um caso de época, quando ainda era jovem e advogada.
Alexander sorriu de canto, e um brilho quase imperceptível cruzou seu olhar.
— Gostaria de ver — disse simplesmente.
Johon o conduziu até uma sala ampla, de vidro translúcido e painéis holográficos flutuando sobre as bancadas. No centro, um robô humanoide servia café automaticamente, com precisão impecável. Vários engenheiros observavam gráficos em tempo real, e entre eles — destacando-se pelo foco e pela postura determinada — estava Camila.
Ela explicava algo a dois técnicos, os dedos rápidos sobre o teclado.
— O problema está no delay da resposta neural do sistema — disse ela. — Se recalibrar o temp