Os corredores do hotel estavam mergulhados em silêncio, quebrado apenas pelo som discreto dos saltos de Nastya e pelo arrastar suave do vestido de sua mãe. Ao entrarem na suíte presidência, onde habitavam, se dirigiram ao aposento reservado para conversas privadas, Nastasia fechou a porta atrás de si e se virou para a filha com um olhar sério.
— Sente-se — disse ela, apontando para a poltrona diante de si.
Nastya obedeceu, ainda tomada pelas emoções confusas da noite. Seus dedos tamborilavam nervosos no braço do assento, mas seus olhos brilhavam, inquietos, quase febris.
— Eu vi seus olhares — começou Nastasia, sem rodeios. — Não tente negar. Você está encantada por Alexander.
Nastya arregalou os olhos, mas logo deixou escapar um sorriso culpado.
— Não é apenas isso, mãe… Eu nunca senti algo parecido. Quando o vi, foi como se tudo ao meu redor desaparecesse. Ele é… diferente. Misterioso. Forte. É como se carregasse o peso de algo que ninguém mais percebe.
Sua voz saía acelerada, quase