Não sei o que se passa pela sua cabeça, mas já estou intrigado com as reações que Lia demonstra. Ela viu o avô e ficou sem cor, literalmente sem cor.
— Quer água?
— Vinho! — Ela pede, e de imediato vou até o vinho e trago uma taça para ela.
— O que você tem? Está passando mal? Falta de glicose? — Pergunto, tentando entender.
— Não é nada.
— O que queria falar? — Pergunto, calmo.
— Não, não posso! Terei que ir... — Ela colocou a mão na boca. Não entendi o que quis dizer com "terei que ir", mas fiquei intrigado.
— Não quer ir embora? Pensei que sairia correndo ao ver o seu avô. — Comento, já que ela se dedicou a ficar calada a maior parte da noite. Ela parecia inerte em seus pensamentos. — Lia? Está tudo bem? — Pergunto, notando que ela respira pesado.
Direcionei-me para a porta para pedir que seu avô entrasse e descobrir o que estava acontecendo, mas antes ouvi sua voz.
— Não, não o chame, por favor!
Olho para ela sem entender. O que ela quer de mim? Mas permaneço parado, ouvindo-a.
— D