Cap. 15: quem te puniu?
— Não estou dizendo nada, chegamos. Apesar de você estar exausta, ainda temos que trabalhar mais tarde — ele avisou, sua voz carregada de um cansaço que contrastava com a tensão crescente entre eles. Enquanto ela abria a porta do carro, um sorriso irônico curvou seus lábios.
— Boa sorte para você. Eu não preciso me preocupar com isso. Apenas vá. Você não precisa descansar e devolver esse carro que está acima das suas expectativas de vida? E só para avisar, já vai dar nove horas — ela disse com uma arrogância que beirava a crueldade, virando-lhe as costas com desprezo.
Ele observou-a se afastar, a figura esguia desaparecendo no portal do prédio.
“Quem olha até pensa que ela é alguma coisa, além de uma mulher que monta nas costas de sua amiga rica” pensou, e um amargo sorriso curvando seus lábios. Antes que pudesse dar partida, a porta do carro se abriu e três homens entraram, sentando-se nos bancos de trás. A calma com que o fizeram era mais aterrorizante que q